Há apenas 1 mês a Organização Mundial da Saúde declarou como pandêmica a doença causada por um novo corona vírus, a COVID19 (Corona Virus Disease 19). Desde então, em tempo recorde, a comunidade científica já publicou mais de 2000 estudos relacionados. Embora ainda se tenha muitas incertezas, esses estudos apontam as principais doenças crônicas que podem piorar o desfecho clínico da COVID. São elas: hipertensão, doenças
cardíacas, diabetes e doenças do pulmão.

Pessoas com diabetes tem maior risco de infecções em geral devido ao comprometimento da imunidade decorrente da própria doença, sendo uma das principais causas de morte as pneumonias. A pneumonia causada pelo novo corona vírus é grave ao ponto de causar a chamada SARS-COV-2 (síndrome respiratória aguda severa corona vírus 2) levando o paciente a necessitar dos cuidados de UTI.

Logo, é fácil concluir que pessoas diabéticas tem maior de risco de evoluir para SARS-COV-2 caso sejam infectadas. Portanto, você que é diabético, se apresentar sintomas relacionados a COVID 19, tosse, coriza, dores no corpo, cansaço, mas especialmente febre alta e/ou falta de ar, comunique seu médico imediatamente ou procure um serviço de saúde para ser adequadamente avaliado e receber o tratamento adequado.

Outra condição endocrinológica bastante prevalente é a obesidade que, embora não seja um fator de risco direto para o agravamento da COVID 19, é uma doença inflamatória crônica que interfere no sistema imunológico e muitas vezes está associada ao diabetes, podendo também tornar-se um fator de risco.

O uso de hormônios como estrógenos, progesteronas, testosterona, hormônios da tireoide e até mesmo corticoides para reposição em pacientes que, comprovadamente, tem deficiência na produção destes hormônios, NÂO aumentam o risco de contrair COVID 19 ou de piorar a evolução da doença. Não suspenda nenhuma medicação antes de falar com seu médico.

Profª. Dra. Elaine Frade Costa